quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Todo mundo e ninguém

Os textos sobre relacionamento que escrevo, posso dizer que não o faço com toda propriedade, porque sou uma mistura de tudo o que digo. Por exemplo: se escrevo sobre o ciúmes, tenho a plena convicção que já vivenciei o papel do ciumento e da vítima; se escrevo sobre otimismo, me coloco na posição do otimista e do pessimista, porque, acreditem, ninguém é 100% bom como não é 100% mau e assim logicamente atribuo todas as outras qualidades/defeitos nessa conta. O ser humano é naturalmente bipolar nas sensações ou como um amigo meu sempre diz, uma frase de Walt Whitman, "o homem contém multidões". Somos todos e somos um, somos algum e nenhum tudo ao mesmo tempo agora. Somos Marias, Josés, Joãos, Franciscos, Odaras e Dandaras em uma unica latinha.
Em tempos onde tudo se perde, nada se cria, tudo se copia, onde está nossa peculiaridade? O que faz com que você, mesmo sendo muitos, seja único?
Penso que essa unicidade nas pessoas é fruto de uma soma e dose de fatos, sentimentos, acontecimentos e pessoas que escolhemos e acolhemos para nossas vidas...Isso é o que nos faz únicos, ainda que contendo multidões.

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